sexta-feira, 28 de junho de 2013



SEDUÇÃO

Eu lhe entrego as mãos.
Beije-as suavemente.
Caminhe com sua língua
agora, pelo meu braço afora.
Beije meu colo, minha nuca.
Me ponha maluca.
Maluca de amor.
Sua voz em meu ouvido.
Sua voz...
que mexe comigo.
Meu nome em seus lábios
soa tão quente.
Diferente...
Me faz delirar.
Vem me amar.
Você é amor, é paixão.
É sedução.

sonia delsin 


NA PENUMBRA


Suas mãos buscando...
tateando lençóis.
Suas mãos...
tão sós.
Não alcançam um corpo
que perfumou o quarto.
Um anjo que a seu lado
se deitou.
O rosto ainda queima e arde.
Então é verdade!
Alguém o beijou...
Você não sonhou!
Na penumbra ainda busca
o corpo que abraçou.
Ainda busca um corpo
que amou.

sonia delsin 


DESEJO

Desejo seus beijos.
Suas mãos.
Seus sussurros.
Desejo seus braços
apertando meu corpo.
Buscando fundir-se
a mim... assim...
Desejo seus olhos
me buscando,
me acariciando
inteira.
Desejo você
me desejando.


sonia delsin 


PURA EMOÇÃO!

Se o toco
desperto deste torpor.
Acaricio-o como
quem alisa pétalas de rosa.
Minhas mãos tão leves
circulam pelos
que se emaranham.
Minha mão passeia.
Viaja no seu corpo.
Se o toco morro... de amor.
Acaricio-o como quem traz
a água ao rosto
num momento de intenso
calor.
Minhas mãos... seu corpo.
Nossos corpos... fusão...
Sedução... paixão...
Tudo pura emoção!


sonia delsin  





VOCÊ ME DIZ...

Você me diz que parece que sou feita de seda.
Que minha pele o enfeitiçou desde a primeira vez que a tocou.
Você me diz que meus lábios têm sabor de mel.
Que eles o transportam para o céu.
Você me diz que minhas mãos são pedaços de lua.
E que sente desejos de mastigar os meus dedos.
Você me diz que meus olhos têm um pouco do azul do mar.
E do verde das matas que não me canso de admirar.
Que minha voz é suave, gostosa, macia.
E que quando lhe falo ao ouvido ela o acaricia.
Que meu corpo em suas mãos é um instrumento de cordas.
E que sempre consegue tirar boas notas.
Você me diz que o calor do meu corpo o aquece e enlouquece.
Você me diz...
que comigo é que é mais feliz.
Eu lhe digo que é você que me faz mais feliz...
quando essas coisas bonitas me diz...


sonia delsin 


SEUS BEIJOS

Seus beijos mornos 
me transportam 
para o paraíso. 
São suaves... 
Borboletas pousando 
em minha boca. 
São tão ternos. 
Acariciam a minha alma inteira. 
Depois me queimam. 
Exploram as minhas 
sensações. 
Exigem que eu me envolva 
toda e nem tome 
conhecimento 
do resto do mundo. 
Buscam dentro de mim 
quanta feminilidade 
e sensualidade 
conseguem 
encontrar. 
Então são labaredas... 
e eu as deixo... 
me incendiar. 

sonia delsin 

sonia delsin 


FORTE ATRAÇÃO

Silenciosamente ela se retira para o jardim.
Precisa pensar um pouco.
Os últimos acontecimentos mexeram com ela.
Senta-se num banco afastado e não consegue soltar o corpo.
Está tensa e não consegue pensar direito.
O bater do coração não diminui, o calor estranho que a invade também não cessa.
Ele a encontra assim e a enlaça.
A moça tenta fugir do abraço, mas não encontra forças para isso.
O rapaz procura sua boca com sofreguidão.
Ela se entrega ao beijo e as mãos dele deslizam por seus braços e costas. Aperta a cintura e insinua-se mais abaixo.
Intencionalmente ele coloca mais ardor no beijo e ela deixa-o tocá-la toda.
Já não se pertence mais. Não é mais dona de seu destino.
Ele continua a beijá-la ardentemente, ali no jardim.
Ela já nem se lembra que o rapaz é o namorado de sua melhor amiga.
Já nem se lembra que o seu noivo não viera àquela festa por estar se recuperando de uma cirurgia no joelho.
Resolvera ir sem ele. Quisera se distrair e andava louca por dançar, já que o noivo há tempos não conseguia, com aquele joelho complicado.
Fora ali, naquele salão de danças que casualmente se encontraram.
Nunca antes ela percebera que ele a atraía tão terrivelmente.
Com aquela entrega estava estragando o futuro de quatro pessoas, inclusive o próprio. E ela não podia fazer nada...
Só deixar que ele a possuísse ali mesmo naquele banco afastado do jardim. Numa noite sem luar.
Pôde ver o brilho de uma estrela distante alertando-a que ainda podia voltar atrás. Ainda estava em tempo de resistir à tentação... ainda havia alguma lucidez em si.

sonia delsin